27º Desafio
O Amor Encoraja
Guarda a minha
alma, e livra-me; não seja eu envergonhado, porque em Ti me refugio. Salmos
25:20
Este
desafio fala de expectativas.
Expectativas,
novamente elas se mostram um problema no relacionamento conjugal. Há algo sobre
o amor que ouvi na adolescência, e que ainda hoje tenho buscado aprender: “O amor
ama apesar de, e não por causa de”. Teoricamente esta frase é tão formidável,
realmente encantadora para uma adolescente, hoje, na vida adulta, vivendo um
relacionamento conjugal, entendo sua profundidade e abrangência, e afirmo sem
medo de errar que esta frase é professora sobre uma das mais duras verdades
sobre o amor.
Quando
escolhemos nosso cônjuge, na grande maioria das vezes o fazemos com olhares
generosos, olhares que veem suas mais sutis qualidades. Enxergamos cada detalhe
encantador, valorizamos cada gesto, encorajamos cada sonho e justificamos cada
erro.
É assim
que enxergamos nosso cônjuge. Então passamos a convivência conjugal, e alguns
meses depois de viver a realidade de dividir uma vida em comum nossos olhares
começam a mudar.
Então passamos
a ver nosso cônjuge com uma lente de
aumento muito precisa e clara. Observamos cada detalhe a ser melhorado,
enxergamos cada detalhe antes sutil, agora com uma precisão médica. Analisamos a
forma como o outro usa errado a escova de dentes, corrigimos a maneira como o
outro deixa seus sapatos ao chegar em casa, analisamos maneiras de finalmente
corrigir aquela insistente mania de dormir de barriga pra cima e roncar.
Engraçadas
essas situações?! Que bom, mas sabemos que não é bem assim que vemos nosso cônjuge.
Muitos outros detalhes nos saltam aos olhos e aguçam nossa capacidade de
corrigir, de julgar e de sentenciar exatamente como aquele erro, aquele mal
hábito, aquela falha devem ser corrigidos, eliminados completamente da vida do
nosso cônjuge.
Aqui o
autor nos chama de hipócritas a luz da bíblia nos convidando a refletir sobre
Mateus 7:4-5, quando Jesus nos diz que devemos antes retirar o cisco de nossos
olhos, no lugar de dizer qu nosso cônjuge que ele tem um cisco no seu olho.
Jesus usou
este exemplo para nos dizer que antes de nos atermos a acusar, a apontar onde o
outro deve-se corrigir, devemos primeiro nos corrigir, devemos nos manter
atentos aos constantes erros e mal hábitos que deixamos persistir em nós, sendo
também pedra de tropeço aos nossos relacionamentos. Sejam eles conjugais,
familiares, profissionais ou de amizade.
Nós, seres
humanos temos o insistente hábito de predefinir o que é desejável no
comportamento do outro, e então fazemos disso um gabarito do qual depende nossa
felicidade. Passamos a não aceitar outro comportamento, e qualquer atitude que
seja contrária ao gabarito que criamos é suficiente para gerar em nós a
frustração, nossas expectativas são derrubadas por terra. E é exatamente neste
momento que nos negamos a perceber que o cisco está em nossos olhos. Nós escolhemos
gerar a expectativa, sem em momento algum ser justos com nosso cônjuge e dando
a ele o direito de fazer o melhor que puder. Nós queremos mais. Queremos exatamente
o que determinamos por certo e aceitável, nada menos que isso.
Nossa atitude
de constante e elevada expectativa cria um ambiente desconfortável para o
desenvolvimento de nosso relacionamento. Nosso cônjuge não se sente seguro para
ser quem é, e para melhorar a pessoa que é. Ao contrário disso, todas as suas
atitudes são comedidas e ponderadas para atender a uma expectativa cruel e
esmagadora.
A ele não
é permitido ser, a menos que possa ser como nós desejamos, como nós esperamos
que ele seja.
Onde deixamos
aquele olhar do inicio do relacionamento, aquele olhar que encorajava nosso cônjuge
a ser a pessoa única e especial que escolhemos para ter ao nosso lado. Onde deixamos
o olhar que era generoso e amoroso. O olhar que criava um ambiente seguro para
que nosso cônjuge pudesse tentar, e se erra-se, estávamos lá para encorajá-lo a
continuar tentando, a seguir adiante. Aquele olhar que não julgava, mas que
apoiava?!
O amor
encorajador, dá espaço para que seu cônjuge seja ele mesmo. O amor encorajador
não exige, mas antes se responsabiliza pelas mudanças que deve exercer em si
mesmo, e não em apontar as mudanças que acredita serem necessárias no outro.
O amor
encorajador é sábio. O autor nos diz que “...o casamento é um relacionamento
para ser aproveitado e apreciado ao longo do caminho. É a única amizade criada
pelo próprio Deus onde duas pessoas imperfeitas vivem juntas, mas tratam com a
imperfeição encorajando um ao outro e não desencorajando.”
Fonte: Livro O Desafio de Amar
– Editora BV Films
26º Desafio
O Amor Encoraja
Você não é perfeito. Não é o dono da razão.
Não tem todas as respostas. E não está certo o tempo todo.
Abaixe o dedo que costumeiramente
aponta os erros do seu cônjuge. Pare de gerar expectativas erradas sobre a
pessoa que você escolheu passar sua vida.
Seja honesto consigo mesmo. Olhe pro
seu cônjuge com o olhar do amor, e enxergue a pessoa que ele é e não a pessoa
que você tem desejado que ele seja.
Não permita que falsas expectativas
envenenem seu relacionamento. Pare com isso hoje.
Fale com seu cônjuge, diga-lhe que se
arrepende sinceramente por exigir tanto dele. Prometa que procurará entendê-lo.
Reafirme seu amor incondicional por ele.
Encoraje-o sempre.
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